Para quem não conhece o existencialismo...
Falar sobre a abordagem existencial em psicoterapia não é uma tarefa fácil, pois aqui se trata de viver a experiência no aqui e agora, voltada para a pessoa enquanto totalidade concreta. A filosofia de Jean Paul Sartre caracterizou o movimento existencial por sua afirmação de que a “existência precede à essência”, dentre os pensadores mais conhecidos estão Heidegger, Nietzsche, Hegel entre outros. De sua clássica afirmação pode-se compreender o seu significado a partir da liberdade de escolha, onde o homem precisa escolher a cada momento o que será no momento seguinte, só Existindo ele poderá Ser!
Existir é escolher-se.
Você já ouviu aquele dizer “você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você”? Pois é, é mais ou menos isso. A Psicologia existencial tem sua base na filosofia, assim, é permitido obter maior compreensão sobre a existência humana, sobre o indivíduo e suas relações, suas angústias, seus medos e desejos, logo, o objetivo de uma terapia é descobrir o que cada um dos comportamentos do indivíduo significa através da sua experiência. Portanto, o terapeuta é um participante ativo no processo em busca da compreensão do ser, do seu projeto original, isto é, sua auto-imagem, o que o torna co-participante no processo de mudança, e isso se faz importante na medida em que terapeuta e cliente andam juntos, numa relação de autenticidade para a própria aceitação do mesmo. Assim, o principal objetivo da psicoterapia existencial é proporcionar uma maximização da autoconsciência com o intuito de favorecer no seu potencial de escolha; proporcionar uma ajuda efetiva ao cliente no sentido de descobrir-se, de ajudá-lo a aceitar os riscos de suas próprias decisões, enfim, aceitar a liberdade de ser capaz de utilizar suas próprias capacidades para existir.
Gressiele Cazella,
Psicóloga. CRP 08/11479.
Especialista em Psicologia do Trabalho, em Educação Especial e em Ciências da Família. gressiele@hotmail.com
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