quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Anvisa registra remédio homeopático contra dengue

Alvo de polêmica entre a Prefeitura de São José do Rio Preto (438 km de SP) e a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, um remédio homeopático usado no combate à dengue foi registrado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no final do ano passado.
Com isso, ele está sendo comercializado nas farmácias do país, com o nome de Proden, sem necessidade de receita.

O medicamento, desenvolvido pelo médico e pesquisador da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) Renan Marino, foi patenteado por um laboratório e é vendido em comprimidos.

Em 2007, o composto homeopático foi ministrado aos moradores de São José do Rio Preto em gotas. Naquele ano, em uma epidemia da doença na cidade, cerca de 20 mil doses do medicamento foram disponibilizadas à população.

A iniciativa da prefeitura foi questionada pela Secretaria do Estado da Saúde, que decidiu interditar o produto.

Para o governo estadual, naquela ocasião não havia comprovação científica da eficácia do remédio, a oferta estava sendo feita de forma indiscriminada --mesmo pessoas sem dengue recebiam o medicamento-- e o remédio descumpria regras de manuseio e distribuição. A Secretaria Municipal da Saúde, que negou as acusações, reagiu e impediu que os técnicos do governo estadual entrassem nos postos para recolher o produto. Posteriormente, uma decisão da Justiça determinou que o remédio poderia ser distribuído, com receita médica.

Proteção

O médico Renan Marino diz que 80% dos pacientes de São José do Rio Preto que tomaram o medicamento --que tem em sua composição substâncias extraídas de uma planta, um mineral e de veneno de cobra-- não tiveram dengue. "Os trabalhos mostraram que quem toma o medicamento sem estar doente tem uma proteção. E quem toma estando doente tem diminuída a duração do quadro. Ele evita os quadros hemorrágicos."

Marino afirma que, com o uso do composto homeopático, o quadro de dengue tem a duração de cinco a sete dias --o normal, segundo o médico, seriam de duas a três semanas. (Fonte: Folha)


(fonte: http://www.crfmg.org.br/)

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