quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Evite o câncer de pele


Sol e pele bronzeada. Eis uma combinação irresistível para ajudar no seu visual. Mas o problema, neste caso, é que tal padrão de beleza pode levar a uma exposição excessiva e inadequada à radiação solar, que pode trazer sérios danos à pele.

Conhecido como o pior tipo de câncer por sua capacidade de se espalhar pelo organismo, o melanoma faz novas vítimas todos os anos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de casos no Brasil sobe em torno de 7% anualmente.

“O melanoma é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos, células localizadas na epiderme (camada mais superficial da pele) e que produzem o pigmento que dá cor à pele. Ele é considerado um dos mais graves tumores, porque, muitas vezes, pode passar despercebido (ser confundido com uma pinta) e por sua capacidade de produzir metástase, ou seja, de espalhar células doentes para o organismo e acometer outros órgãos”, explica a dermatologista Ana Maria Sortino.

Quem já teve a doença garante que não é fácil superá-la. É o caso da professora Claudia Martin, de 29 anos. “Eu ficava muito exposta ao sol. Até que um dia percebi algumas pintas no meu corpo e procurei uma dermatologista. Foi diagnosticado melanona. Fiquei desesperada e não sabia como reagir, mas, graças à Deus, ainda estava no início”, conta Claudia.

“Ao se perceber uma lesão suspeita na pele, tais como manchas, feridas, verrugas ou mudanças na forma, na cor ou no tamanho de uma pinta antiga, procure imediatamente um médico”
Para ela, o que a salvou foi procurar um especialista quando notou a diferença no corpo. “Hoje eu tenho consciência da importância da prevenção. Não me exponho ao sol e não faço bronzeamento artificial. Também procuro contar para todos da minha doença para elas não correrem o mesmo risco”, diz a professora.

Segundo a especialista Ana Maria Sortino, o bronzeamento artificial por radiação ultravioleta tipo A (UVA) é muito perigoso, pois é cinco vezes mais prejudicial do que a radiação solar do meio- dia, em um dia quente de verão.

Estudos indicam que cerca de 80% da exposição solar cumulativa ocorre antes dos 18 anos, porque o comportamento das crianças e adolescentes facilita a exposição excessiva ao sol e, conseqüentemente, provoca as queimaduras solares. “No entanto, quando elas ocorrem em crianças de pele clara e sensível, há maior probabilidade de melanoma na fase adulta”, esclarece Ana Maria.

Apesar de ser o tipo de câncer mais freqüente em adultos jovens, de 20 a 30 anos, o melanoma pode fazer vítimas de qualquer idade, inclusive crianças, e de diferentes tipos de pele, até mesmo morenos e negros. “Mas algumas pessoas têm, sim, maior risco de desenvolver a doença: indivíduos com pele clara que sofreram uma ou mais queimadura solar na infância, pessoas com nevos displásicos (lesões pigmentadas preexistentes na pele) e aqueles que apresentam mais de 50 pintas”, garante a dermatologista.

Cura

De acordo com a especialista, se for diagnosticado no início e o tumor estiver restrito à epiderme, a retirada cirúrgica completa de toda a lesão garante o controle da doença, e as chances de cura ficam em torno de 95%. “Porém, já no melanoma avançado, que atinge camadas mais profundas da pele, o tratamento e a possibilidade de cura variam de acordo com o nível de invasão do tumor. Quando não é tratado em tempo, há risco de atingir outros órgãos e levar à morte”, diz.

Para a médica, a terapia gênica (uma estratégia terapêutica que utiliza a técnica de transferência de material genético na tentativa de curar doenças) e o uso de vacinas ainda são métodos experimentais de tratamento. “Até o momento, não há qualquer eficácia comprovada. Isso impossibilita o seu uso para tratar o melanoma”, afirma.

É importante ter em mente que a cura do melanoma (e dos outros tipos de cânceres de pele) está diretamente relacionada com a prevenção. “As pessoas também precisam se conscientizar quanto à importância real dos cuidados para evitar queimaduras solares na pele, o que já minimiza bastante os riscos. O acompanhamento dermatológico regular e, quando necessário, o mapeamento adequado das pintas podem salvar vidas. Ao se perceber uma lesão suspeita na pele, tais como manchas, feridas, verrugas ou mudanças na forma, na cor ou no tamanho de uma pinta antiga, procure imediatamente um médico”, finaliza Ana Maria.

(fonte: http://cyberdiet.terra.com.br/cyberdiet/colunas/070409_sau_cancer.htm)

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