Por Gressiele Cazella
O bruxismo consiste em ranger ou apertar os dentes, esta patologia é observada em pacientes de todas as idades e geralmente está relacionada a fatores psicológicos, ou seja, os sinais e sintomas característicos são mais evidentes nos momentos de grande concentração de ansiedade e nervosismo. O diagnóstico geralmente é feito depois que surgem algumas complicações como desgaste nos dentes, dor na musculatura mastigatória, ruídos nas articulações temporomandibulares (articulações responsáveis pelos movimentos da boca), perdas ósseas na mandíbula e maxila, bem como, dificuldade em abrir e fechar a boca.
O primeiro passo é reconhecer o problema e tentar achar suas causas no dia-a-dia. As possíveis causas provêm de uma tensão emocional que pode estar ligada à ansiedade, raiva, estresse, esgotamento, medo, frustração, abuso de substâncias como o álcool e algumas doenças psiquiátricas ou neurológicas. O que se percebe no paciente que apresenta bruxismo é um acúmulo de sentimentos em que o indivíduo vai depositar suas tensões e sua descarga no ranger dos dentes. As terapias empregadas atualmente na odontologia para o alívio dos sinais e sintomas incluem, a utilização de aparelhos ortodônticos, ajustes da oclusão, restaurações dos dentes já gastos, além de placas interoclusais usadas para evitar o contato dos dentes, essas placas reduzem a atividade dos músculos durante a noite e protegem os dentes dos desgastes provocados pelo hábito.
Outro passo importante é diminuir a tensão psicológica, como forma de tratamento em conjunto com outros profissionais, a psicoterapia contribui para o alívio dos sintomas de ansiedade e estresse oferecendo condições para que se torne mais consciente do hábito de ranger os dentes e ajudá-lo a controlar a tensão emocional, a dor física, buscando melhorar sua qualidade de vida. Isto pode ser feito através de esportes, ioga e exercícios de relaxamento. Já os distúrbios psiquiátricos como depressão e ansiedade devem ser aliviados e medicados se necessário. Hábitos como mascar chicletes, morder ou apertar objetos devem ser considerados como um vício concomitante do bruxismo e, portanto, devem ser eliminados durante o tratamento.
O tratamento do indivíduo portador de bruxismo poderá necessitar da intervenção de mais de um profissional da área de saúde como dentista, psicólogo, fisioterapeuta, etc. Ainda hoje não há um tratamento específico para a cura do bruxismo, os principais objetivos do tratamento baseiam-se em minimizar os sinais e sintomas, e eliminar as causas.
Gressiele Cazella,
Psicóloga. CRP 08/11479.
Especialista em Psicologia do Trabalho,
em Educação Especial
e em Ciências da Família.
2 comentários:
Hua, kkk, ha, ha, juro que pensei que era outro tipo de bruxismo...
Hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um fundo de verdade.
Fique com Deus, menina Vivian Sbrussi.
Um abraço.
Amiga,
de facto eu já conhecia este problema pois em grande parte os autistas têm esta situação talvez mesmo devido aos niveis de ansiedade elatos a que estão sujeitos no dia-a-dia .
Bom texto.
Beijinhos
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