Eduque seu cérebro e passe a sentir menos dor
Concentre-se: a intensidade da sua dor depende da forma como você pensa sobre ela. Acha que isso é maluquice ou papo de gente alternativa? Pois esqueça esta idéia, a Ciência está cada vez mais convencida de que a forma como você encara os sintomas interfere diretamente na maneira como eles são percebidos. "Se você tem uma expectativa negativa, certamente as chances de que a dor seja mais intensa são maiores. É o caso de quem vai ao dentista tremendo de medo do motorzinho: até o barulho causa dor", afirma o neurologista Ricardo Teixeira, diretor do Instituto do Cérebro de Brasília/ICB.
Abaixo, ele comenta alguns dos mitos envolvidos com a percepção de dor e ajuda você a sentir menos incômodo sem precisar depender tanto dos remédios.
Há pessoas mais sensíveis à dor.
Verdade. Há maneiras de medir a dor, detectando a intensidade objetiva dela (vem daí o cálculo para a anestesia necessário aos procedimentos cirúrgicos, por exemplo). Mas a escala também leva em conta critérios subjetivos: a dor pode ser a mesma, mas a percepção dela varia de uma pessoa para outra.
Seu cérebro reaprende a interpretar a dor.
Verdade. Quando você mentaliza que a dor não é assim tão forte, seu organismo sente-se estimulado a conduzir os impulsos por circuitos cerebrais que rendam resposta positiva, aliviando a dor. "Não dá para dizer que nenhuma dor será sentida, mas ela será mais sutil", afirma o neurologista.
O bom humor age contra a dor porque desvia sua atenção.
Falso. O bom humor deixa qualquer dor mais leve não porque você começa a pensar em outra coisa (mesmo que isso também ajude). As piadas levam seu organismo a trabalhar com maiores doses de dopamina, um neurotransmissor que traz bem-estar e está associado ao sistema de recompensa. "É como se o cérebro dissesse: isso é bom, vamos repetir", explica o médico de Brasília.
Qualquer pensamento positivo alivia a dor.
Falso. Você precisa encontrar algo que dê prazer ao seu organismo. Não adianta experimentar a receita do seu vizinho ou as dicas do livro Best-seller. "Existem muitos modelos de funcionamento cerebral, é arriscado trabalhar com padrões nesta área. Posso dizer, com segurança, que o pensamento positivo alivia a dor. Mas não posso dizer que o caminho para isso é imaginar um oceano azul. E se a pessoa tem medo do mar, por exemplo?", afirma o neurologista.
Antecipar a dor prepara o organismo para lidar com ela.
Verdade. Por isso, é importante buscar informações sobre um procedimento que você vai realizar. Tentando relaxar, o sofrimento tende a ser menor. E o contrário também é válido: a força do seu pensamento consegue transformar uma dor simples em algo no limite do insuportável.
(fonte: http://www.minhavida.com.br/materias/bemestar/)
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